quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Ferrari do Jeans.

Renzo Rosso fez da Diesel uma marca de luxo em pouco mais de 20 anos. Para ele, fazer roupas é vender sonhos.


Com os cabelos desgrenhados, camisas abertas e jeans furados, o italiano Renzo Rosso, de 51 anos, destoa de seus pares do mundo da moda, seja pela aparência, seja pela rapidez com que construiu um império de luxo alicerçado em uma marca de jeans, a Diesel. Rosso levou pouco mais de duas décadas para transformar uma fabriqueta de calças desbotadas com apelo underground em uma das mais prestigiadas grifes do mundo, presente em 80 países, com faturamento de 1,2 bilhão de dólares e capaz de vender 14 milhões de peças por ano. As roupas são usadas por estrelas de cinema como Nicole Kidman, Gwyneth Paltrow e Brad Pitt e, no Brasil, por celebridades como Rodrigo Santoro, Fernanda Lima e Carolina Dieckmann. Com preços orbitando na faixa entre 150 e 800 dólares por peça, a Diesel já deixou para trás, em termos de prestígio, marcas fortes, como a americana Calvin Klein, fundada em 1968. Hoje, ela disputa espaço no comércio de luxo -- e nos bolsos recheados dos clientes -- com grifes tradicionalíssimas, como Louis Vuitton, de 1854, ou Chanel, cuja primeira loja foi aberta em 1914. Numa comparação automobilística, a Diesel seria uma espécie de Ferrari -- caríssima, chamativa, barulhenta e um tanto arrivista -- brilhando em meio a veneráveis Mercedes-Benz e Rolls-Royces.

O grande trunfo da Diesel está na forma como Rosso construiu sua marca. Nascido em uma pequena cidade rural nos arredores de Veneza, o dono da Diesel se enquadra numa categoria de empresários em que a própria personalidade se confunde com os negócios que dirige. Rosso é perso nalista e não tem medo de ousar. Em média, investe 50 milhões de dólares por ano apenas em marketing. A estratégia de divulgação da Diesel se apóia em publicidade provocativa e em uma enorme capacidade de causar alvoroço na imprensa. Na década de 80, por exemplo, provocou tremenda polêmica ao veicular uma campanha em que dois marinheiros se beijavam apaixonadamente. A última peça, recém-lançada, segue o mesmo conceito: uma modelo vestida de anjo que faz gestos obscenos para quem olha. (Qualquer semelhança com as antigas campanhas da grife italiana Benetton não é mera coincidência. Assim como Luciano Benetton, Rosso gosta de chocar a platéia.) Além do marketing, o empresário apostou muito na qualidade do produto. O jeans é feito quase que artesanalmente, num processo que inclui lavagens à mão e água em temperatura controlada. A mão-de-obra é composta basicamente de artesãos: cada costureira da Diesel ganha o equivalente a cerca de 12 000 reais por mês. "Fazer roupas é como vender sonhos", costuma dizer Rosso.

O negócio Diesel nasceu da idéia de criar uma marca de jeans com apelo global. Em 1978, Renzo Rosso criou a grife juntamente com outros sócios. O nome foi escolhido justamente por seu apelo internacional -- é conhecido nos quatro cantos do mundo e a pronúncia é a mesma em todas as línguas. Em 1985, Rosso assumiu o controle integral da Diesel, e cinco anos depois os jeans já eram distribuídos em butiques de 36 países. Nesse primeiro período, o faturamento da empresa cresceu de 4 milhões de dólares para 130 milhões. Em 1996, o empresário italiano deu sua tacada mais ousada: entrou no mercado americano. Instalou sua primeira loja em Nova York, exatamente em frente à maior loja da Levi's na cidade, numa evidente provocação. O sucesso dos jeans caríssimos e com aparência de anos de uso foi tão grande que o mercado americano tornou-se o maior da empresa.

No Brasil, onde a marca chegou há apenas cinco anos, a trajetória foi ainda mais meteórica. A Diesel tem três lojas no país. A unidade do shopping Iguatemi, o mais sofisticado de São Paulo, é a que mais vende por metro quadrado no mundo. O faturamento ainda é pequeno comparado ao negócio global e fica em cerca de 80 milhões de reais por ano, mas Rosso vê o mercado brasileiro com otimismo. No ano que vem, ele desembarca no Brasil como sócio do empresário Esber Hajli, distribuidor da Diesel no país. A meta é expandir o número de lojas para dez em cinco anos. "Vamos investir cerca de 20 milhões de dólares na operação brasileira", afirma Hajli. Uma particularidade local que chamou a atenção de Rosso, por exemplo, é a preferência pelas peças mais caras de cada coleção. "O consumidor brasileiro quer status", diz Hajli. "Nem vendemos mais os modelos básicos. Eles não têm saída." Esse perfil explica, em parte, por que uma calça Diesel pode ser encontrada nos Estados Unidos por 150 dólares, enquanto a mais barata vendida em São Paulo ou no Rio não custa menos de 800 reais.

Nos últimos tempos, Rosso tem se dedicado ao projeto de estender a marca Diesel. É uma estratégia semelhante à de outras marcas de luxo (a Ferrari, por exemplo, tem laptops, roupas esportivas e câmeras fotográficas), e isso ajuda a aumentar a mística em torno da Diesel. Recentemente, ele comprou um hotel em Miami e transformou-o em um dos mais exclusivos da cidade. Tem plano de fazer o mesmo em São Paulo. Também comprou a empresa Staff International, dona de grifes prestigiadas de alta-costura, como Vivienne Westwood, Martin Margiela e DSquared -- uma das preferidas da cantora Madonna. Sua mais recente paixão é uma propriedade rural, a fazenda Diesel, onde produz um vinho premiado. Nesse caso, a marca não batiza o produto, que se chama Rosso. É um dos pouquíssimos casos em que o nome inspirado em óleo combustível não agregaria nenhum valor ao produto.

Fonte: Revista Exame.
Post: Thaissa

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Há mercado para roupa e tênis que tocam música?

Fabricantes de roupas e calçados disputam a primazia dos lançamentos de peças que incorporam tecnologia eletrônica, como jaquetas com iPod e tênis que tocam música. Mas as indústrias ainda se perguntam: se fizermos tudo isso, alguém vai comprar?

A tendência começou pela Burton Snowboards, em 2002, e foi aproveitada pela Spyder Skiwear e pela O'Neill, mas o mercado ainda continua pequeno, segundo o analista Marshal Cohen, do NPD Group. Em breve, porém, isso pode mudar, graças à entrada de marcas familiares, como Nike, Levi Strauss e Columbia. "Isso deve se tornar um mercado bilionário nos próximos dois anos e meio a três anos", disse Cohen. "Estamos falando de um pedaço muito substancial deste mercado." Neste semestre, a Columbia pretende lançar jaquetas com iPods e a Levi's apresentará jeans com o tocador, inclusive com um joystick no bolso menor."

Os consumidores estão excitados com a tecnologia e os benefícios do produto, mas não vão pagar muito mais para obter essa funcionalidade adicional", disse Tom Krutilek, vice-presidente de Marketing da Kenpo, empresa que faz jaquetas com controles de iPod nas mangas. "O consumidor típico tem um certo orçamento em mente, e se está dentro, fantástico; se não, isso não funciona para o consumidor", disse ele.



Audex - Cargo Jacket com Controller Motorola. US$ 300,00

Testes reduzem preço de US$ 275 para até US$ 199

Após tentar vender as jaquetas por US$ 275 nas fases de testes, a Kenpo, segundo Krutliek, descobriu que a faixa mais apropriada seria de US$ 99 a US$ 199. Pouco mais de um ano depois, a empresa diz ter faturado mais de US$ 2,5 milhões com as jaquetas musicais, entre 5% e 10% do faturamento total da companhia.

Peter Boatwright, professor de Marketing da Universidade Carnegie Mellon, acha que faz sentido integrar a tecnologia a sapatos e jaquetas, e lembra que grandes empresas normalmente pesquisam muito o mercado antes de lançar um produto.

A Burton Snowboards, que em 2002 vendia por US$ 999 uma jaqueta com aparelho de som acoplado, diz obter uma porção significativa do seu faturamento com jaquetas, bolsas, capacetes e bonés feitos para tornarem os gadgets mais convenientes, segundo seu vice-presidente de Marketing Global, Bryan Johnston.

Johnston disse que os praticantes de snowboard representam quase três quartos dos consumidores da jaqueta modelo Audex. Com alto-falante no capuz e tecnologia sem-fio, as roupas permitam que o usuário ajuste a música ou atenda ao celular apenas tocando o exterior do casaco.

Para Johnston, esses produtos vão se tornar comuns nos próximos dois ou três anos, mesmo que não tenham todos os seus recursos usados. "É a velha máxima dos utilitários - quanta gente realmente os coloca em situações off-road?"

Laveta Willis, executiva-chefe da Dada, também aposta nessa tendência e planeja lançar, em meados de agosto, tênis de basquete, a US$ 200, que contêm um tocador digital, com alto-falantes nos tornozelos ou um fone sem fio. "Neste momento, nosso alvo é o consumidor de 12 a 25 anos, mas olhamos gente correndo na rua e são de todas as idades", disse Willis. "Todo mundo quer ter sua música."

Fonte: Jornal do Commercio
Ref: Convergência Digital - Inovação.

Post: Thaissa

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A história do jeans

Cerca de 35 anos, com a reconstrução da liberdade através da ditadura militar e da liberação sexual ele se tornou cada dia mais moderno e atual. A liberdade sexual apenas começava a mudar o comportamento dos jovens, a liberdade foi definida em um jingle como a calça jeans velha, azul e desbotada e quem não tem uma peça no armário?Em meados do século 19, no auge da corrida do ouro no Oeste da América do Norte, aventureiros em busca de ouro e prata precisavam de roupas que permitissem liberdade de movimentos que fossem resistentes e de preços acessíveis.
Em 20 de Maio de 1873 Levi-Strauss e o alfaiate Jacob Davis patentearam o jeans e assim começaram a produzir as calças que conquistaram imediatamente o mercado “Far west”.Levi Strauss foi o inventor do blue jeans e fundador da empresa Levi Strauss & Company nsceu em Buttenheim na Alemanha em 26 de fevereiro de 1829, seu nome verdadeiro era Löb Strauß mudou quando se naturalizou nos EUA em 1840, morou em Nova York, sua nacionalidade é teuto-americano. Jacob Davis era costureiro em Nevada. Foi o responsável pelas costuras das calças usadas pelos mineiros com rebites. O sucesso de venda destas calças foi tão grande, que Strauss e Davis decidiram patentear a marca.Recentemente durante uma escavação no estado de Nevada foi descoberta uma calça Levis, modelo 501, fabricada na década de 1870. O modelo só ganhou denominação 501 por volta de 1890. Depois de acompanhar os mineiros, o jeans foi para o corpo de famosos cowboys celebrados pelo cinema americano. E em seguida vestiu a contestação.




A imagem da rebeldia dos anos 50 era o James Dean com seu jeans, camiseta branca e jaqueta. Anos depois a peça foi parar nos Hippyes dos anos 60, nos roqueiros dos anos 70 e nos punks dos anos 80, sempre como um símbolo de liberdade expressão jovem.A simbologia que antes se concentrava na levis 501 passou a ter a interpretação de vários estilistas, nessa década o jeans se integrou definitivamente no mundo fashion e a grifes famosas como Calvin Klein, Pierre Cardin, e até mesmo Dior. Esse fenômeno teria respondido ao desejo das mulheres que, emancipadas da necessidade de usar roupas unissex ou que lembrassem as masculinas, sentiram seguras no mercado de trabalho e exigiram cortes para sua anatonia.No Brasil marcas como a Fórum, Zoomp, Ellus, M.Officer, Gang buscam adaptar o jeans ao uso da mulher brasileira. Graças a essa cumplicidade o jeans estabelece um diálogo com quem veste ao mesmo tempo que assume o papel da mídia para a expressão individual, por ser básico, permite que cada usuário o adapte a seu estilo pessoal e a estética da sua época. Mais justo ou mais largo, desbotado ou não, com barras viradas, feitas ou desfiadas, com desgaste natural valorizado ou mesmo provocado, o jeans manteve por mais de cem anos seu jeito “independente”.Curiosidades:- Levi Strauss patenteou a calça jeans em 1872;- Foi Yves Saint Laurent quem botou o jeans num desfile, pela 1ª vez, na década de 70;- Antes, a calça jeans era chamada de waist overalls;- Para dar o efeito de jeans surrado, usa-se broca de dentista;- A Levi’s só criou o primeiro modelo de calça para mulheres em 1935;- O número 501 marcava o lote de tecido das primeiras calças jeans de que se teve notícia. Por isso, o modelo foi chamado de Levi's 501;- Falando nisso, em 84, uma propaganda exibida, durante as Olimpíadas, fez as vendas do modelo 501 da Levi’s dispararem no mundo todo;- O jeans brasileiro, queridinho de várias revistas internacionais e celebridades gringas, já foi comparado ao Wonderbra, o sutiã-maravilha.Fonte: Millams (http://pt.shvoong.com/tags/millams/)
Post: Thaissa

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Entrevista: Walter Bueno Vaz

Walter Bueno Vaz

Ele revela o que irá influenciar o mercado e os consumidores nos próximos anos

10/10/2008

"O desenvolvimento sustentável passou a ser uma tendência seguida pela maioria das empresas. Este fator influenciará diretamente o mercado e a relação das empresas com seus consumidores". A declaração é do consultor em varejo, especialista em merchandising e visual merchandising, com mais de 25 anos de atuação no setor. Walter Bueno Vaz é Diretor da Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para Varejo) e consultor da Kawahara e Takano.

Ele esteve na Euroshop 2008, maior feira mundial de visual merchandising, que ocorre de três em três anos, e conversou com a UseFashion sobre tendências para o varejo. Comentou sobre linhas arquitetônicas das lojas, a importância da informação para tomada de decisão, tendências estéticas em manequins e em visual merchandising para os próximos anos. Acompanhe.

UseFashion - Como o tema sustentabilidade está impactando o varejo?
Walter Vaz - A sustentabilidade já é realidade no varejo mundial. Para se ter uma idéia, foi palavra de ordem da Euroshop 2008 e, para o mercado brasileiro, não está sendo diferente. A presença de materiais recicláveis e auto-sustentáveis está sendo observada por toda parte: em sacolas de compras recicláveis ou reutilizáveis; em equipamentos e mobiliários de loja feitos em madeiras de reflorestamento; em substratos sustentáveis para revestimentos de paredes e pisos; em compostos plásticos feitos de garrafas PET para desenvolver carrinhos e cestos para supermercados, e em lâmpadas com baixo consumo de energia.




Até mesmo a construção civil comercial vem desenvolvendo processos sustentáveis para a construção de lojas. Posso citar, por exemplo, o segmento de iluminação de varejo. Nele, os LEDs (tecnologia utilizada na execução de lâmpadas, bastante funcional para ser usado como iluminação pontual ou contínua) têm maior vida útil, podendo chegar até 50 mil horas de uso com consumo de 10 watts, gerando baixíssimo consumo de energia e produzindo menos calor.




UF - Do que viu na Euroshop nesse ano, que tendências você destacaria na arquitetura de lojas?
WV - As tendências de arquitetura para lojas estão divididas em dois grandes grupos. De um lado, o da Arquitetura Ortogonal, que abusa de linhas retas, a partir de planos perpendiculares. Nele, predominam as simetrias, ou assimetrias de formas construtivas, criando volumes em formato de cubos ou retângulos. Elas aparecem e desaparecem (ora em relevo ora subtraindo vãos) com materiais como vidros transparentes e coloridos, que se misturam a outros com aspectos de concreto e cimento aparente. Neste caso, há sempre a presença forte de revestimentos externos e internos feitos em madeiras de reflorestamento ou reutilizadas (madeiras de demolição). Alguns dos ícones inspiradores destas formas são os arquitetos Frank O.Gerry, Rem Koolhass e Tadao Ando.



O outro grupo é o contraponto. O grupo da Arquitetura Orgânica ou de formas curvas é marcado pela presença de materiais sintéticos, polímeros de alta tecnologia, onde as curvas podem ser construtivas ou puramente orgânicas e livres. Neste plano, encontram-se nomes como Zaha Hadid, Renzo Piano, entre outros. Há, ainda, a tendência que apresenta a fusão destes dois grupos, criando soluções bastante irreverentes para aqueles que não se contentam com uma só linha de partido arquitetônico. Algumas obras nestes estilos são dos arquitetos Toyo Ito e Herzog & de Meuron, que apresentam importantes marcos desta mistura intrigante.




UF - Os anos 70 estão de volta na moda. No visual merchandising, você percebe este revival?
WV - Na verdade, os anos 70 estão na moda como linguagem e inspiração no varejo há quase uma década. Vejo a influência do final dos anos 70 e começo dos anos 80 como algo novo. Porém, acredito em uma linguagem menos temática/retrô e mais atual e contemporânea. A novidade passa por uma visão de futuro inspirada na toy art, em referências de design baseado no construtivismo dos fractais e em formas baseadas na linguagem gráfica da web. Citaria as propostas do estilista e designer Karim Rashid, com temas mais vibrantes e novos, como tendência no visual merchandising.

UF - Em sua opinião, o que só pode ser aplicado em grandes lojas e não funciona nas pequenas?
WV - Bem, este tema é bastante interessante e intenso. Precisaria responder esta questão passando pelas diversas áreas do merchandising e do visual merchandising e de toda cadeia do store design, pois as diferenças entre estes formatos requerem tratamentos técnicos bastante distintos e específicos para se responder em uma única questão. Entretanto, pode-se dizer que grandes redes ou grandes formatos de lojas precisam de trabalhos com forte embasamento técnico e científico de alta performance para poder obter resultados importantes. Enquanto os pequenos formatos e pequenos grupos de lojas podem lançar mão de processos menos elaborados, porém igualmente técnicos, para solucionar suas questões.

As grandes redes e grandes formatos de loja precisam de redes internas de profissionais, de recursos externos de consultorias e apoios técnicos em grande escala. Já o pequeno comerciante pode, e deve, lançar mão de recursos mais simples, porém igualmente eficazes, tais como consultar fontes de mídias diversas, onde haja possibilidade de atualização, obtendo soluções práticas, simples, eficazes e com investimentos proporcionais ao seu negócio e expectativa de resultados.

Entretanto, em ambos os casos, não abro mão de orientar para que se mantenham sempre informados e ligados às transformações constantes e cada vez mais rápidas do mercado varejista. Pois hoje, mais do que nunca, a informação se faz imprescindível para toda tomada de decisões, seja qual for o seu tamanho e negócio. O cliente está cada vez mais exigente, informado e atualizado para escolher onde gastar seu dinheiro.

UF - Qual a tendência estética em manequins?
WV - Os manequins apresentam como tendência para as próximas décadas, algumas variações. Para os figurativos realistas, aqueles que se parecem com seres humanos de verdade, que possuem cor de pele, perucas e maquiagem, a tendência serão as poses com atitudes que reforçam o comportamento social do momento. Esses manequins serão mais sexy, esguios, tanto femininos como masculinos, valorizando a diversidade étnica, social e até mesmo dos gêneros. Isso porque o cliente quer se ver representado nos produtos que consome. Sem esquecer que os manequins são algo que o cliente almeja em se transformar, mostrando uma imagem ideal da perfeição a ser atingida.

Outra tendência para esses figurativos serão as articulações e movimentos eletrônicos, como os robóticos que lembram muito os comportamentos físicos e movimentos dos seres humanos. Aqui, o movimento entra para contribuir, para chamar a atenção do cliente para o ponto-de-venda, ou para enfatizar a performance de um produto com alta tecnologia de desenvolvimento (sapatos esportivos de alto performance, tecidos tecnológicos, etc).

Para os manequins abstratos, aqueles que sugerem formas humanas ou elementos do corpo, o mercado vem preparando materiais e acabamentos de superfície bem elaborados, como pinturas texturizadas e até desenhos e estampas. Feitas com soluções como pigmentos de titânio, borrachas recicladas, plásticos e policarbonatos reciclados, elas darão novos aspectos para estas formas.

Nas imagens, ambientes fotografados por Walter Bueno na Euroshop 2008.

Por Inêz Gularte
Fotos: Divulgação

Indicação: Profª.: Janeti D´Andréa
Post: Jean