sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Unerj Apresenta Moda




Olá pessoal,




Estou convidando a todos para prestigiar o evento Unerj Apresenta Moda.


Esperamos vocês lá.


Abraço,

Grazy

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dicas da Louise Wilson.



Na revista da Le Lis Blanc tem uma matérinha legal, que tem como complemento um box que conta os 10 mandamentos de Louise Wilson, diretora do Saint Martins College of Art and Design, de Londres que é uma das pessoas que mais entendem de moda atualmente.


OS 10 MANDAMENTOS DE LOUISE WILSON


1 - Incomodar, provocar, divertir e envolver


2 - Está errado estar correto. Os corretos são chatos


3 - Criatividade é o oposto da experiência


4 - É preciso correr riscos


5 - ADEUS AS REFERÊNCIAS - hellooooooooooo - alguém tem mais alguma dúvida??


6 - Criar é uma tortura


7 - Uma pessoa precisa inspirar pelo que ela é


8 - Não se levar muito a sério


9 - Fracasse, fracasse, como dizia Samuel Beckett


10 - O que começa errado tem mais chance de dar certo



Post: Thaissa



PS: Pessoal da quarta fase, tem uma entrevista com ela na apostila de Desenvolvimento de Coleção II, lembram??? ;)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mega Tendência - Góticos

MEGA TENDÊNCIA - GÓTICOS

Comportamento e como surgiram

Os góticos podem ser considerados mais do que uma tribo, pois são, na verdade, uma subcultura urbana. A diferença se estabelece no teor temporal: enquanto tribos normalmente possuem um ciclo de vida curto, alterando seus aspectos mais significativos de modo a transformar sua linguagem de expressão, subculturas tendem a manter a essência de suas características de formação durante um período mais extenso. Entretanto, isto também gera o paradoxo principal de uma subcultura: por possuírem um arsenal de códigos próprios, acabam sendo entendidas como coletivos sociais específicos, ou seja, tribos. Ao mesmo tempo, por se tratar de uma subcultura, é possível enxergar contribuições de outras culturas em sua formação. Neste caso em especial, podemos traçar linhas de ligação entre beatniks, glam rock e punks. Cada um destes movimentos contribuiu para a constituição do Gótico. Os beatniks, com a sua poesia urbana maldita, do interesse pelo existencialismo, pela preferência por roupas escuras e por influências musicais como o jazz rock. Do glam rock, os góticos herdaram os aspectos estéticos, como a androgenia, as maquiagens pesadas e o estilo que busca, por vezes, referenciais no dândismo. A ligação com os punks é ampla, mas um fator importante é a contraposição ao consumismo massificado, um dos aspectos mais característicos para a formação do movimento punk nos anos 70. Outra influência importante, principalmente para a música gótica, foi o new romantic dos anos 80, o que acabou imprimindo algumas particularidades no estilo musical característico desta tribo, como, por exemplo, a utilização de vocais líricos nas composições.

Bandas

Na prática, os góticos formam uma expressão social originada na plural década de 80. Quando surgiram, foram intitulados de darks, tendo The Cure como banda de referência. Outra banda associada ao início do Gótico é o Bauhaus, porém, esta nunca se intitulou gótica. O que aconteceu foi que, após um ano de formação, a banda lançou a música Bela Lugosi’s Dead, referenciando a morte, em 1956, do ator Bela Lugosi, conhecido pela interpretação visceral do Conde Drácula, na versão de 1931. Isto bastou para que houvesse a identificação entre os góticos emergentes e a banda, já que um dos fatores mais representativos desta tribo é o interesse por personagens lúgubres e mórbidos – como vampiros, anjos caídos, lobisomens e morcegos - tanto no que diz respeito ao cinema, como à literatura e às artes de modo geral. Hoje em dia, um dos grupos mais conhecidos do cenário gótico é o Evanescence, sendo que suas composições normalmente falam sobre questões inerentes a tribo, como solidão e amores impossíveis.



Estilo

O estilo de vestir dos góticos busca representar a apreciação pelo sombrio e pela morbidez, mas há lugar também para grandes doses românticas – aspecto que pode ser traduzido pela utilização de arabescos nas representações gráficas, bem como pela utilização de corselets e outros elementos característicos do período romântico. A androgenia é outro fator que distingue esta tribo e ao mesmo tempo, há lugar para acessórios e materiais considerados tipicamente punks, como vinil e correntes em metal. Estes elementos, inclusive, contribuem para delimitar outro aspecto associado ao universo gótico: a identificação com a literatura de Marquês de Sade e com seu subproduto, o sadismo. A indumentária gótica privilegia o preto, porém, há lugar para outras cores densas, como o vermelho-sangue e o bordô. A apreciação por personagens paradoxais, como vampiros e anjos, também influencia a indumentária gótica e lhe confere um certo aspecto lúgubre e sublime ao vestir. Assim, olhos marcados e pele muito branca são elementos importantes na composição do estilo. Outro símbolo paradoxal muito utilizado é o crucifixo, que tanto pode representar a apreciação pelo mistério obscuro da morte – pois, sim, os góticos gostam muito de um cemitério – como pode representar tortura – no período romano a cruz era utilizada com este fim, muito antes do surgimento de Cristo. Por estes aspectos dicotômicos, é normal associar os góticos a cultos satânicos, mas, isto não acontece na realidade. Antes de tudo, trata-se de uma tribo sem raízes religiosas específicas.

Acessórios
Devido às suas ligações com o universo punk, muitos itens que compõem o arsenal de signos góticos podem até confundir, quando em representações de peças. É o caso das aplicações de metais em acessórios, por exemplo.O fato é que as decorações que tenham caráter um tanto pesado, de modo a corroborar aspectos subjetivos de comportamento da tribo, são interessantes de serem exploradas. Esse é o caso das bolsas nas imagens abaixo.




Estilistas que Exploraram

Recentemente, alguns designers internacionais exploraram aspectos associados ao universo gótico, como Giles, Marios Schwab e Vivienne Westwood, dentre outros. As referências não são literais, mas a força do imaginário da tribo pode ser percebida através de alguns elementos significativos, como a exploração de sombras, representada pela utilização de rendas rebuscadas e materiais leves, de modo a criar jogos de claro/escuro.As cores, as maquiagens pesadas e o shape inspirado no período romântico – século XIX – são pontos que também ligam alguns looks apresentados para Inverno 2009 e os góticos. A Megatendência para inverno feminino 2009, Drama, também explora algumas características pontuais deste universo.



Post: Thaissa
Colaboração: Faby Gunner

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Ferrari do Jeans.

Renzo Rosso fez da Diesel uma marca de luxo em pouco mais de 20 anos. Para ele, fazer roupas é vender sonhos.


Com os cabelos desgrenhados, camisas abertas e jeans furados, o italiano Renzo Rosso, de 51 anos, destoa de seus pares do mundo da moda, seja pela aparência, seja pela rapidez com que construiu um império de luxo alicerçado em uma marca de jeans, a Diesel. Rosso levou pouco mais de duas décadas para transformar uma fabriqueta de calças desbotadas com apelo underground em uma das mais prestigiadas grifes do mundo, presente em 80 países, com faturamento de 1,2 bilhão de dólares e capaz de vender 14 milhões de peças por ano. As roupas são usadas por estrelas de cinema como Nicole Kidman, Gwyneth Paltrow e Brad Pitt e, no Brasil, por celebridades como Rodrigo Santoro, Fernanda Lima e Carolina Dieckmann. Com preços orbitando na faixa entre 150 e 800 dólares por peça, a Diesel já deixou para trás, em termos de prestígio, marcas fortes, como a americana Calvin Klein, fundada em 1968. Hoje, ela disputa espaço no comércio de luxo -- e nos bolsos recheados dos clientes -- com grifes tradicionalíssimas, como Louis Vuitton, de 1854, ou Chanel, cuja primeira loja foi aberta em 1914. Numa comparação automobilística, a Diesel seria uma espécie de Ferrari -- caríssima, chamativa, barulhenta e um tanto arrivista -- brilhando em meio a veneráveis Mercedes-Benz e Rolls-Royces.

O grande trunfo da Diesel está na forma como Rosso construiu sua marca. Nascido em uma pequena cidade rural nos arredores de Veneza, o dono da Diesel se enquadra numa categoria de empresários em que a própria personalidade se confunde com os negócios que dirige. Rosso é perso nalista e não tem medo de ousar. Em média, investe 50 milhões de dólares por ano apenas em marketing. A estratégia de divulgação da Diesel se apóia em publicidade provocativa e em uma enorme capacidade de causar alvoroço na imprensa. Na década de 80, por exemplo, provocou tremenda polêmica ao veicular uma campanha em que dois marinheiros se beijavam apaixonadamente. A última peça, recém-lançada, segue o mesmo conceito: uma modelo vestida de anjo que faz gestos obscenos para quem olha. (Qualquer semelhança com as antigas campanhas da grife italiana Benetton não é mera coincidência. Assim como Luciano Benetton, Rosso gosta de chocar a platéia.) Além do marketing, o empresário apostou muito na qualidade do produto. O jeans é feito quase que artesanalmente, num processo que inclui lavagens à mão e água em temperatura controlada. A mão-de-obra é composta basicamente de artesãos: cada costureira da Diesel ganha o equivalente a cerca de 12 000 reais por mês. "Fazer roupas é como vender sonhos", costuma dizer Rosso.

O negócio Diesel nasceu da idéia de criar uma marca de jeans com apelo global. Em 1978, Renzo Rosso criou a grife juntamente com outros sócios. O nome foi escolhido justamente por seu apelo internacional -- é conhecido nos quatro cantos do mundo e a pronúncia é a mesma em todas as línguas. Em 1985, Rosso assumiu o controle integral da Diesel, e cinco anos depois os jeans já eram distribuídos em butiques de 36 países. Nesse primeiro período, o faturamento da empresa cresceu de 4 milhões de dólares para 130 milhões. Em 1996, o empresário italiano deu sua tacada mais ousada: entrou no mercado americano. Instalou sua primeira loja em Nova York, exatamente em frente à maior loja da Levi's na cidade, numa evidente provocação. O sucesso dos jeans caríssimos e com aparência de anos de uso foi tão grande que o mercado americano tornou-se o maior da empresa.

No Brasil, onde a marca chegou há apenas cinco anos, a trajetória foi ainda mais meteórica. A Diesel tem três lojas no país. A unidade do shopping Iguatemi, o mais sofisticado de São Paulo, é a que mais vende por metro quadrado no mundo. O faturamento ainda é pequeno comparado ao negócio global e fica em cerca de 80 milhões de reais por ano, mas Rosso vê o mercado brasileiro com otimismo. No ano que vem, ele desembarca no Brasil como sócio do empresário Esber Hajli, distribuidor da Diesel no país. A meta é expandir o número de lojas para dez em cinco anos. "Vamos investir cerca de 20 milhões de dólares na operação brasileira", afirma Hajli. Uma particularidade local que chamou a atenção de Rosso, por exemplo, é a preferência pelas peças mais caras de cada coleção. "O consumidor brasileiro quer status", diz Hajli. "Nem vendemos mais os modelos básicos. Eles não têm saída." Esse perfil explica, em parte, por que uma calça Diesel pode ser encontrada nos Estados Unidos por 150 dólares, enquanto a mais barata vendida em São Paulo ou no Rio não custa menos de 800 reais.

Nos últimos tempos, Rosso tem se dedicado ao projeto de estender a marca Diesel. É uma estratégia semelhante à de outras marcas de luxo (a Ferrari, por exemplo, tem laptops, roupas esportivas e câmeras fotográficas), e isso ajuda a aumentar a mística em torno da Diesel. Recentemente, ele comprou um hotel em Miami e transformou-o em um dos mais exclusivos da cidade. Tem plano de fazer o mesmo em São Paulo. Também comprou a empresa Staff International, dona de grifes prestigiadas de alta-costura, como Vivienne Westwood, Martin Margiela e DSquared -- uma das preferidas da cantora Madonna. Sua mais recente paixão é uma propriedade rural, a fazenda Diesel, onde produz um vinho premiado. Nesse caso, a marca não batiza o produto, que se chama Rosso. É um dos pouquíssimos casos em que o nome inspirado em óleo combustível não agregaria nenhum valor ao produto.

Fonte: Revista Exame.
Post: Thaissa

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Há mercado para roupa e tênis que tocam música?

Fabricantes de roupas e calçados disputam a primazia dos lançamentos de peças que incorporam tecnologia eletrônica, como jaquetas com iPod e tênis que tocam música. Mas as indústrias ainda se perguntam: se fizermos tudo isso, alguém vai comprar?

A tendência começou pela Burton Snowboards, em 2002, e foi aproveitada pela Spyder Skiwear e pela O'Neill, mas o mercado ainda continua pequeno, segundo o analista Marshal Cohen, do NPD Group. Em breve, porém, isso pode mudar, graças à entrada de marcas familiares, como Nike, Levi Strauss e Columbia. "Isso deve se tornar um mercado bilionário nos próximos dois anos e meio a três anos", disse Cohen. "Estamos falando de um pedaço muito substancial deste mercado." Neste semestre, a Columbia pretende lançar jaquetas com iPods e a Levi's apresentará jeans com o tocador, inclusive com um joystick no bolso menor."

Os consumidores estão excitados com a tecnologia e os benefícios do produto, mas não vão pagar muito mais para obter essa funcionalidade adicional", disse Tom Krutilek, vice-presidente de Marketing da Kenpo, empresa que faz jaquetas com controles de iPod nas mangas. "O consumidor típico tem um certo orçamento em mente, e se está dentro, fantástico; se não, isso não funciona para o consumidor", disse ele.



Audex - Cargo Jacket com Controller Motorola. US$ 300,00

Testes reduzem preço de US$ 275 para até US$ 199

Após tentar vender as jaquetas por US$ 275 nas fases de testes, a Kenpo, segundo Krutliek, descobriu que a faixa mais apropriada seria de US$ 99 a US$ 199. Pouco mais de um ano depois, a empresa diz ter faturado mais de US$ 2,5 milhões com as jaquetas musicais, entre 5% e 10% do faturamento total da companhia.

Peter Boatwright, professor de Marketing da Universidade Carnegie Mellon, acha que faz sentido integrar a tecnologia a sapatos e jaquetas, e lembra que grandes empresas normalmente pesquisam muito o mercado antes de lançar um produto.

A Burton Snowboards, que em 2002 vendia por US$ 999 uma jaqueta com aparelho de som acoplado, diz obter uma porção significativa do seu faturamento com jaquetas, bolsas, capacetes e bonés feitos para tornarem os gadgets mais convenientes, segundo seu vice-presidente de Marketing Global, Bryan Johnston.

Johnston disse que os praticantes de snowboard representam quase três quartos dos consumidores da jaqueta modelo Audex. Com alto-falante no capuz e tecnologia sem-fio, as roupas permitam que o usuário ajuste a música ou atenda ao celular apenas tocando o exterior do casaco.

Para Johnston, esses produtos vão se tornar comuns nos próximos dois ou três anos, mesmo que não tenham todos os seus recursos usados. "É a velha máxima dos utilitários - quanta gente realmente os coloca em situações off-road?"

Laveta Willis, executiva-chefe da Dada, também aposta nessa tendência e planeja lançar, em meados de agosto, tênis de basquete, a US$ 200, que contêm um tocador digital, com alto-falantes nos tornozelos ou um fone sem fio. "Neste momento, nosso alvo é o consumidor de 12 a 25 anos, mas olhamos gente correndo na rua e são de todas as idades", disse Willis. "Todo mundo quer ter sua música."

Fonte: Jornal do Commercio
Ref: Convergência Digital - Inovação.

Post: Thaissa

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A história do jeans

Cerca de 35 anos, com a reconstrução da liberdade através da ditadura militar e da liberação sexual ele se tornou cada dia mais moderno e atual. A liberdade sexual apenas começava a mudar o comportamento dos jovens, a liberdade foi definida em um jingle como a calça jeans velha, azul e desbotada e quem não tem uma peça no armário?Em meados do século 19, no auge da corrida do ouro no Oeste da América do Norte, aventureiros em busca de ouro e prata precisavam de roupas que permitissem liberdade de movimentos que fossem resistentes e de preços acessíveis.
Em 20 de Maio de 1873 Levi-Strauss e o alfaiate Jacob Davis patentearam o jeans e assim começaram a produzir as calças que conquistaram imediatamente o mercado “Far west”.Levi Strauss foi o inventor do blue jeans e fundador da empresa Levi Strauss & Company nsceu em Buttenheim na Alemanha em 26 de fevereiro de 1829, seu nome verdadeiro era Löb Strauß mudou quando se naturalizou nos EUA em 1840, morou em Nova York, sua nacionalidade é teuto-americano. Jacob Davis era costureiro em Nevada. Foi o responsável pelas costuras das calças usadas pelos mineiros com rebites. O sucesso de venda destas calças foi tão grande, que Strauss e Davis decidiram patentear a marca.Recentemente durante uma escavação no estado de Nevada foi descoberta uma calça Levis, modelo 501, fabricada na década de 1870. O modelo só ganhou denominação 501 por volta de 1890. Depois de acompanhar os mineiros, o jeans foi para o corpo de famosos cowboys celebrados pelo cinema americano. E em seguida vestiu a contestação.




A imagem da rebeldia dos anos 50 era o James Dean com seu jeans, camiseta branca e jaqueta. Anos depois a peça foi parar nos Hippyes dos anos 60, nos roqueiros dos anos 70 e nos punks dos anos 80, sempre como um símbolo de liberdade expressão jovem.A simbologia que antes se concentrava na levis 501 passou a ter a interpretação de vários estilistas, nessa década o jeans se integrou definitivamente no mundo fashion e a grifes famosas como Calvin Klein, Pierre Cardin, e até mesmo Dior. Esse fenômeno teria respondido ao desejo das mulheres que, emancipadas da necessidade de usar roupas unissex ou que lembrassem as masculinas, sentiram seguras no mercado de trabalho e exigiram cortes para sua anatonia.No Brasil marcas como a Fórum, Zoomp, Ellus, M.Officer, Gang buscam adaptar o jeans ao uso da mulher brasileira. Graças a essa cumplicidade o jeans estabelece um diálogo com quem veste ao mesmo tempo que assume o papel da mídia para a expressão individual, por ser básico, permite que cada usuário o adapte a seu estilo pessoal e a estética da sua época. Mais justo ou mais largo, desbotado ou não, com barras viradas, feitas ou desfiadas, com desgaste natural valorizado ou mesmo provocado, o jeans manteve por mais de cem anos seu jeito “independente”.Curiosidades:- Levi Strauss patenteou a calça jeans em 1872;- Foi Yves Saint Laurent quem botou o jeans num desfile, pela 1ª vez, na década de 70;- Antes, a calça jeans era chamada de waist overalls;- Para dar o efeito de jeans surrado, usa-se broca de dentista;- A Levi’s só criou o primeiro modelo de calça para mulheres em 1935;- O número 501 marcava o lote de tecido das primeiras calças jeans de que se teve notícia. Por isso, o modelo foi chamado de Levi's 501;- Falando nisso, em 84, uma propaganda exibida, durante as Olimpíadas, fez as vendas do modelo 501 da Levi’s dispararem no mundo todo;- O jeans brasileiro, queridinho de várias revistas internacionais e celebridades gringas, já foi comparado ao Wonderbra, o sutiã-maravilha.Fonte: Millams (http://pt.shvoong.com/tags/millams/)
Post: Thaissa

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Entrevista: Walter Bueno Vaz

Walter Bueno Vaz

Ele revela o que irá influenciar o mercado e os consumidores nos próximos anos

10/10/2008

"O desenvolvimento sustentável passou a ser uma tendência seguida pela maioria das empresas. Este fator influenciará diretamente o mercado e a relação das empresas com seus consumidores". A declaração é do consultor em varejo, especialista em merchandising e visual merchandising, com mais de 25 anos de atuação no setor. Walter Bueno Vaz é Diretor da Abiesv (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para Varejo) e consultor da Kawahara e Takano.

Ele esteve na Euroshop 2008, maior feira mundial de visual merchandising, que ocorre de três em três anos, e conversou com a UseFashion sobre tendências para o varejo. Comentou sobre linhas arquitetônicas das lojas, a importância da informação para tomada de decisão, tendências estéticas em manequins e em visual merchandising para os próximos anos. Acompanhe.

UseFashion - Como o tema sustentabilidade está impactando o varejo?
Walter Vaz - A sustentabilidade já é realidade no varejo mundial. Para se ter uma idéia, foi palavra de ordem da Euroshop 2008 e, para o mercado brasileiro, não está sendo diferente. A presença de materiais recicláveis e auto-sustentáveis está sendo observada por toda parte: em sacolas de compras recicláveis ou reutilizáveis; em equipamentos e mobiliários de loja feitos em madeiras de reflorestamento; em substratos sustentáveis para revestimentos de paredes e pisos; em compostos plásticos feitos de garrafas PET para desenvolver carrinhos e cestos para supermercados, e em lâmpadas com baixo consumo de energia.




Até mesmo a construção civil comercial vem desenvolvendo processos sustentáveis para a construção de lojas. Posso citar, por exemplo, o segmento de iluminação de varejo. Nele, os LEDs (tecnologia utilizada na execução de lâmpadas, bastante funcional para ser usado como iluminação pontual ou contínua) têm maior vida útil, podendo chegar até 50 mil horas de uso com consumo de 10 watts, gerando baixíssimo consumo de energia e produzindo menos calor.




UF - Do que viu na Euroshop nesse ano, que tendências você destacaria na arquitetura de lojas?
WV - As tendências de arquitetura para lojas estão divididas em dois grandes grupos. De um lado, o da Arquitetura Ortogonal, que abusa de linhas retas, a partir de planos perpendiculares. Nele, predominam as simetrias, ou assimetrias de formas construtivas, criando volumes em formato de cubos ou retângulos. Elas aparecem e desaparecem (ora em relevo ora subtraindo vãos) com materiais como vidros transparentes e coloridos, que se misturam a outros com aspectos de concreto e cimento aparente. Neste caso, há sempre a presença forte de revestimentos externos e internos feitos em madeiras de reflorestamento ou reutilizadas (madeiras de demolição). Alguns dos ícones inspiradores destas formas são os arquitetos Frank O.Gerry, Rem Koolhass e Tadao Ando.



O outro grupo é o contraponto. O grupo da Arquitetura Orgânica ou de formas curvas é marcado pela presença de materiais sintéticos, polímeros de alta tecnologia, onde as curvas podem ser construtivas ou puramente orgânicas e livres. Neste plano, encontram-se nomes como Zaha Hadid, Renzo Piano, entre outros. Há, ainda, a tendência que apresenta a fusão destes dois grupos, criando soluções bastante irreverentes para aqueles que não se contentam com uma só linha de partido arquitetônico. Algumas obras nestes estilos são dos arquitetos Toyo Ito e Herzog & de Meuron, que apresentam importantes marcos desta mistura intrigante.




UF - Os anos 70 estão de volta na moda. No visual merchandising, você percebe este revival?
WV - Na verdade, os anos 70 estão na moda como linguagem e inspiração no varejo há quase uma década. Vejo a influência do final dos anos 70 e começo dos anos 80 como algo novo. Porém, acredito em uma linguagem menos temática/retrô e mais atual e contemporânea. A novidade passa por uma visão de futuro inspirada na toy art, em referências de design baseado no construtivismo dos fractais e em formas baseadas na linguagem gráfica da web. Citaria as propostas do estilista e designer Karim Rashid, com temas mais vibrantes e novos, como tendência no visual merchandising.

UF - Em sua opinião, o que só pode ser aplicado em grandes lojas e não funciona nas pequenas?
WV - Bem, este tema é bastante interessante e intenso. Precisaria responder esta questão passando pelas diversas áreas do merchandising e do visual merchandising e de toda cadeia do store design, pois as diferenças entre estes formatos requerem tratamentos técnicos bastante distintos e específicos para se responder em uma única questão. Entretanto, pode-se dizer que grandes redes ou grandes formatos de lojas precisam de trabalhos com forte embasamento técnico e científico de alta performance para poder obter resultados importantes. Enquanto os pequenos formatos e pequenos grupos de lojas podem lançar mão de processos menos elaborados, porém igualmente técnicos, para solucionar suas questões.

As grandes redes e grandes formatos de loja precisam de redes internas de profissionais, de recursos externos de consultorias e apoios técnicos em grande escala. Já o pequeno comerciante pode, e deve, lançar mão de recursos mais simples, porém igualmente eficazes, tais como consultar fontes de mídias diversas, onde haja possibilidade de atualização, obtendo soluções práticas, simples, eficazes e com investimentos proporcionais ao seu negócio e expectativa de resultados.

Entretanto, em ambos os casos, não abro mão de orientar para que se mantenham sempre informados e ligados às transformações constantes e cada vez mais rápidas do mercado varejista. Pois hoje, mais do que nunca, a informação se faz imprescindível para toda tomada de decisões, seja qual for o seu tamanho e negócio. O cliente está cada vez mais exigente, informado e atualizado para escolher onde gastar seu dinheiro.

UF - Qual a tendência estética em manequins?
WV - Os manequins apresentam como tendência para as próximas décadas, algumas variações. Para os figurativos realistas, aqueles que se parecem com seres humanos de verdade, que possuem cor de pele, perucas e maquiagem, a tendência serão as poses com atitudes que reforçam o comportamento social do momento. Esses manequins serão mais sexy, esguios, tanto femininos como masculinos, valorizando a diversidade étnica, social e até mesmo dos gêneros. Isso porque o cliente quer se ver representado nos produtos que consome. Sem esquecer que os manequins são algo que o cliente almeja em se transformar, mostrando uma imagem ideal da perfeição a ser atingida.

Outra tendência para esses figurativos serão as articulações e movimentos eletrônicos, como os robóticos que lembram muito os comportamentos físicos e movimentos dos seres humanos. Aqui, o movimento entra para contribuir, para chamar a atenção do cliente para o ponto-de-venda, ou para enfatizar a performance de um produto com alta tecnologia de desenvolvimento (sapatos esportivos de alto performance, tecidos tecnológicos, etc).

Para os manequins abstratos, aqueles que sugerem formas humanas ou elementos do corpo, o mercado vem preparando materiais e acabamentos de superfície bem elaborados, como pinturas texturizadas e até desenhos e estampas. Feitas com soluções como pigmentos de titânio, borrachas recicladas, plásticos e policarbonatos reciclados, elas darão novos aspectos para estas formas.

Nas imagens, ambientes fotografados por Walter Bueno na Euroshop 2008.

Por Inêz Gularte
Fotos: Divulgação

Indicação: Profª.: Janeti D´Andréa
Post: Jean

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

TV Moda que Muda

Moda é comportamento, é comunicação: um veículo poderoso para difundir novos valores. Foi a partir dessa idéia que criamos a TV Moda que Muda, uma WEBTV interativa, com uma grade variada de programas que associam a moda a questões ambientais, de maneira leve, divertida e educativa.
Para conferir é só entrar no
www.modaquemuda.com.br!
Seja bem-vindo a nossa programação e fique à vontade para participar e enriquecê-la com suas sugestões. Afinal, a moda muda o mundo, as mentes mudam a moda, a mudança move o planeta!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

VI Encontro de Moda e II Ciclo de Moda, Mídia e Arte na UDESC

De 23 a 26 de setembro, será realizado o UM – VI Encontro de Moda e II Ciclo de Moda, Mídia e Arte na UDESC. O evento está sob a coordenação das professoras Balbinete Silveira (Programação do VI Encontro de Moda), Monique Vandresen e Isabel Orofino (II Ciclo de Moda, Mídia e Arte).

De acordo com a professora Balbinete Silveira, a iniciativa visa oferecer atualização complementar às cadeiras disponíveis no curso de moda.
"O evento é gratuito e aberto ao público, mas tem seu foco voltado a alunos do curso de Moda, sejam eles da UDESC ou de outras instituições", diz.

A professora Balbinete ressalta que os participantes das oficinas devem trazer à UDESC o material necessário (descrito no ato na inscrição), esclarecendo que todas as oficinas e palestras dão direito a certificados.

Palestrantes como Luciana Buarque, Figurinista da Rede Globo, Marcelo de Luca, especialista em moda, e o designer Ronaldo Fraga vão participar do encontro. O evento ainda terá oficinas, desfiles, feira de produção de alunos, atrações musicais, brechó de roupas e também de papéis.

As inscrições para oficinas devem ser feitas na sala 07 do CEART, a partir das 18h00 do dia 08/09 para alunos do curso de moda da UDESC e a partir das 14horas do dia 11/09 para a comunidade em geral.

A maioria das atividades será realizada no CEART, entretanto a palestra do Ronaldo Fraga ocorrerá no auditório da ESAG, a exposição Figurino de época será no Hall da Reitoria e a Exposição Moda & Costura ocorrerá no Museu da Moda (antigo prédio da FAED).

Mais informações pelo telefones: 3321-8320 e 3321-8343 a partir das 14 horas.
Sobre o VI Encontro de Moda no moda@udesc.br ou babimoda@yahoo.com.br e a respeito do II Ciclo de Moda, Mídia e Arte no mvandresen@hotmail.com.


SERVIÇO:
O quê – UM – VI Encontro de Moda e II Ciclo de Moda, Mídia e Arte na UDESC
Quando – 23 a 26 de setembro de 2008
Onde – CEART – Av. Madre Benvenuta, 1907
Auditório da ESAG – Av. Madre Benvenuta, 2007
Museu da Moda – rua Saldanha Marinho, 196, no Centro de Florianópolis


Confira programação pelo site:

http://www.ceart.udesc.br/Eventos/simposio_moda.php

Post: Jean Fabyano Andrighi

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

TRANSFORMAÇÃO

As mudanças educacionais de transformacão manifestam-se em duas dimensões.

Por um lado, em relação com as políticas específicas.
Por outro, as mudanças nas escolas e nas universidades.
As políticas relativas à transformação do sistema educativo se desenvolveram através de duas fases.

A primeira, que começa com a democracia, orientou-se à democratização da vida cotidiana das escolas e a busca de um novo modelo para o sistema .
A segunda, inclui decisões para a devolução de responsabilidades da gestão dos serviços educativos, ao mesmo tempo, a geração dos consensos em torno ao novo modelo para o sistema educativo através da normativa e da progressiva recuperação.
O avanço nesta fase possibilitou atender os desafios que os novos
cenários econômicos, políticos e sócio-culturais impõem à educação de primeiro e segundo graus.
Este marco permitiu a concretização de um processo de profundas transformações no campo da educação, marcado por uma série de
idéias-força que são:

1. Eqüidade e qualidade. Um sistema educativo que aumente as oportunidades de uma aprendizagem de qualidade para todos.
2. Descentralização e participação. Um sistema educativo definido desde a unidade escolar.
3. Excelência acadêmica. Um sistema que permita contar com os melhores e mais atualizados conteúdos para todos.
4. Transformação organizacional. Um modelo alternativo de organização e gestão dinâmico, flexível e efetivo.

Para conseguir as mudanças, escolheu-se a estratégia da simultaneidade, construindo as possibilidades de longo prazo a partir dos sinais claros dados no curto prazo.
Assim mesmo, optou-se por uma estratégia de transformação massiva, gradual e permanente que atenda as diferentes necessidades institucionais e governamentais. Isso implica um ritmo na expansão das mudanças, que é graduado pelas autoridades locais.

Os programas em execução

A transformação da educação é um processo em andamento. Como qualquer processo social e institucional importante, seus resultados não se apreciam em meses ou anos, mas em décadas.
A Educação Polimodal inclui dois tipos de formação.

Em primeiro lugar, uma Formação Geral de Fundamento que se traduz em Conteúdos Básicos Comuns.
Em segundo lugar, uma Formação Orientada que se manifesta nos Conteúdos Básicos Orientados.
A Formação Geral de Fundamento, junto com a Formação Orientada, permitem configurar cinco modalidades:
Ciências Naturais; Economia e Gestão das Organizações; Humanidades e Ciências Sociais; Produção de Bens e Serviços; Comunicação, Artes e Desenho
O terceiro ciclo da Educação Geral Básica é o espaço mais inovador e o principal desafío da nova estrutura.Se tenta dar respostas a um sujeito de aprendizagem não contemplado anteriormente, cuja característica central é a de deixar o pensamento concreto para abrir-se ao pensamento abstrato. Este terceiro ciclo é o campo específico para um sujeito de aprendizagem
diferente. Pretende-se um formando que pense por conta própria, resolva problemas, seja crítico frente às circunstâncias e participe das mesmas.

A transformação curricular
A renovação dos conteúdos educativos é um processo imprescindível e urgente, que foi enfrentado como um dos primeiros passos da transformação.
Acompanhando um sistema educativo descentralizado mas articulado, os conteúdos da educação organizam-se em três níveis de
adequação:

* Conteúdos Básicos Comuns


* Desenhos Curriculares: adequam às realidades regionais, estabelecem a seqüência e o ordenamento dos conteúdos, definem a metodologia de conteúdo e explicitam os critérios da promoção e certificação.
Saber, saber raciocinar, saber fazer e saber ser, organizam a proposta de conteúdos conceituais, de procedimentos e atitudes para o desenvolvimento das capacidades pessoais e sociais que a escola deve promover, para permitir a participação dos jovens como membros plenos da sociedade.


* Consulta à sociedade.
A unidade escolar é considerada o eixo da transformação. Constrói-se assim um modelo escolar que re-afirma o compromisso de alcançar uma aprendizagem concreta, em base a uma nova proposta de aula. A escola deve ensinar a conhecer e a saber fazer.

A partir dos novos modelos de gestão, ocorreram mudanças:

Na aula:
* trabalhos grupais variados de acordo a diferentes critérios
* nova distribuição dos tempos e os espaços
* utilização de diversas fontes de informação
* trabalho mais autônomo dos alunos
* propostas de integração de áreas em projetos articuados.


Nas escolas:
* trabalho em equipes de docentes
* elaboração participativa de projetos institucionais
* acompanhamento pessoal aos docentes
* diminuição significativa das tarefas burocráticas
* gestão democrática com indicadores de conquistas

Na supervisão:
* apoio à capacitação docente
* tratamento ágil e democrático da informação
* trabalho em equipe de supervisores
* acompanhamento pessoal aos docentes e diretores
* gestão de recursos para facilitar a tarefa de conteúdo

TMDG - 2008





TMDG]2008

Data 3 - 4 - 5 outubro
Local – Mar Del Plata – Argentina

Oficial site:
http://www.trimarchidg.net/portugues.php

Durante sete anos Pablo e Seba deram forma ao TMDG, o encontro de design gráfico que pela quantidade de participantes foi entitulado o maior da América Latina. Considerado também por vários meios internacionais como o encontro de design com maior a platéia do mundo, por ter lotado um estádio com mais de 5.000 designers para assistir uma mesma palestra.Deixando de lado todos os títulos e nomenclaturas, TMDG continua sendo um ponto de encontro para estudantes e profissionais do design. O espírito que nasceu no TMDG em 2002 diante de 400 pessoas, se mantém até hoje e convive com esta multidão, foi este mesmo espírito que impulsionou dois estudantes de design a criar um ponto de encontro descomprometido, onde todos ficam juntos para aprender e desfrutar.
Com o passar dos anos realizamos palestras com renomados designers, tais como:
Stefan Sagmeister, Büro Destruct, Lobo, Paula Scher (Pentagram), MK12, Seymour Chwast (Pushpin), Friends With You, Laura Varsky, Christian Montenegro, Design-Tourist, Sid Lee Collective, No-Domain, Diego Giaccone, Alejandro Ros, Ronald Shakespear, Doma, Fase, Medialuna, Superestudio, In Jaus, Rock Instrument Bureau, Ricardo Palmieri, Juan Pablo Cambariere, Tipografía.cl, Tipocracia, DGPH, Punga, I2off + R3nder, Base V, Design Politics, Lorenzo Shakespear, Alejandro Paul, Marcos López, Rundontwalk, RDYA, Carlos Avalos (Avalos & Bourse), Hachetresele, Hollywood in Cambodia, Jopo de Gomina America Sánchez, el23, Enrique Longinotti, Luis Siquot, FIRE Studios, JL, Stupid Love, Flavio Mammini, Olga Neva, Cosgaya Diseño, Cristian Aldana, Raúl Belluccia, Fredy Yantorno, Gemin-Morales, Rocambole, Revista Crann, Dany Berczeller, Benito Cabañas, Chica Ska, Guillermo González Ruiz, entre outros...
Este fenômeno proporcionou o convite de muitas universidades para que Pablo e Seba contassem como surgiu o TMDG, apresentando o evento a novos públicos na Suíça, Inglaterra, Brasil, Estados Unidos, França, Chile, Uruguai, Dinamarca, Paraguai, Colômbia, Alemanha, Peru, apenas para mencionar alguns dos destinos.Pequenos grandes feitos acompanham o evento, como os Espacios TRImarchi, bibliotecas de consulta em design, onde também se vendem e se expõe livros, roupas, discos e objetos de designers amigos. O livro Bodas Madera, resumindo os primeiros cinco anos do evento (editado pela Atypica). E o festival audiovisual Buenas Noches TRImarchi, deixando rastros com os passos do TRImarchiDG na curta história do design latino.

Programação 2008

http://www.trimarchidg.net/po-progrmacao.php

Palestrantes 2008

Marian bantjes
http://www.bantjes.com/

Psyop
http://www.psyop.tv/main.php






















Nomad ink
http://www.nomadink.com/

Atypica
http://www.atypica.com.ar/

The uncoolhunter
http://www.theuncoolhunter.com/index_idioma.php

Workshops

http://www.trimarchidg.net/po-workshops.php

Ingressos:

http://www.trimarchidg.net/po-ingressos.php

Fotos do evento 2007:

http://www.trimarchidg.net/po-galeria-fotos.php

http://www.flickr.com/photos/trimarchidg/favorites/

http://www.bluevertigo.com.ar/trimarchidg/

Post: Jean Fabyano Andrighi


http://www.estacaoletras.com.br/

Postado por Prof. Angela Valiera

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Projetos que fazem a diferença

Projetos que fazem a diferença

O diferencial apresentado por qualquer candidato a uma vaga no mercado de trabalho sempre ganha pontos na hora da seleção. O mesmo ocorre dentro da universidade. Os alunos que participam de projetos inovadores e de pesquisas que valorizam a criatividade e o conhecimento conseguem resultados satisfatórios.


No Centro Universitário de Jaraguá do Sul (Unerj), a apresentação de 68 trabalhos de iniciação científica, pesquisa e extensão nesta semana revelaram os compromissos de estudantes que apostaram no diferencial para chamar a atenção do meio acadêmico e também de empresas da cidade. "O estudante tem um crescimento de conhecimento com esses trabalhos e desenvolve o senso crítico para a busca do aperfeiçoamento pessoal e profissional. Esses trabalhos proporcionam oportunidades", destacou a responsável pelo setor de pesquisa da Unerj, professora Cristiane Lucht Gascho.



Os trabalhos apresentados entre quarta e ontem foram desenvolvidos durante um ano. Os alunos que tiveram seus projetos classificados pelos editais dos programas de apoio à iniciação científica ganharam bolsas no valor de R$ 300. As despesas dos gastos de material para os projetos também foram pagas pelos fundos de apoio as pesquisas, como o Programa da Incentivo à Pesquisa (Proips), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Apoio à Pesquisa Científica. A duração dos benefícios foi de seis meses a um ano.

As alunas do quarto semestre da faculdade de moda Sheila Carvalho, 19 anos, e Ana Cristina Vieira, 23, foram beneficiadas com bolsas de estudo depois que a proposta delas foi aceita como um trabalho diferenciado. Elas desenvolveram uma estrutura que facilita a exposição de roupas e venda de produtos. É uma espécie de minifeira que reproduz um ambiente comercial prático e que pode ser adaptado a qualquer ambiente. "Foi uma boa experiência. Colocamos em prática o que aprendemos.

29 de agosto de 2008 n° 150 - Jornal A Notícia Jaraguá

Blog Difusão:

http://difusao-feirademoda.blogspot.com/

Flickr Difusão:

http://www.flickr.com/photos/29685989@N05/?donelayout=1

Post: Jean Fabyano Andrighi

Mundo Mix em Curita

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A importância da imagem na vida profissional


DIVULGAÇÃO PERFIL Para a consultora Angela Valiera, uma boa imagem é aquela que reflete o interior da pessoa

PERFIL Para a consultora Angela Valiera, uma boa imagem é aquela que reflete o interior da pessoa

Imagem é a representação externa de quem somos internamente. É a forma como somos percebidos e que resulta na opinião que as pessoas têm de nós. Essa é a definição que Angela Valiera, Consultora de Imagem e Etiqueta e membro da AICI - Association of Image Consultants International, se baseia para abordar a importância da adequação da imagem para o crescimento profissional. "Trata-se de uma característica não somente composta pelo visual, mas também pelo comportamento e atitudes", ressalta.

Muito mais que aprimoramentos técnicos e de gestão, a consultora destaca que para se diferenciar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente, o profissional precisa trabalhar sua imagem e seu comportamento como uma maneira de se reposicionar, agregar valor à sua pessoa e, assim, conseguir novas conquistas. "O importante sempre é pensar se a sua imagem valoriza o seu conteúdo, se ela realmente reflete quem você é ou quem você quer e está trabalhando para ser. Mas avaliar isso não do seu ponto de vista pessoal, mas do ponto de vista das outras pessoas que interagem com você, clientes, fornecedores e parceiros", explica a consultora, em entrevista ao Modulinho Empregos. Confira as dicas da especialista.


MODULINHO EMPREGOS: Na sua opinião, qual é o peso da imagem no crescimento profissional?
ANGELA VALIERA: É difícil quantificar, mas é fato que seu peso sempre foi grande e hoje está ainda maior. Isso porque vivemos em um tempo no qual uma boa formação e domínio do inglês, por exemplo, já não são mais diferenciais e sim requisitos mínimos. Com isso, as empresas têm cada vez mais buscado outros elementos no momento da seleção, quer seja ela interna ou externa. Nesse cenário, o marketing pessoal e a construção da imagem profissional tornaram-se fundamentais. Um profissional empenhado em trabalhar seu personal branding (marca pessoal) terá muito mais chances de se destacar no mercado.


M.E: E os profissionais têm consciência da importância da imagem no mundo dos negócios?
A.V: Essa consciência está crescendo muito rápido. Pessoas e empresas percebem a importância de se trabalhar efetivamente com essas informações e buscam cada vez mais treinamentos especializados, como palestras, cursos e coaching.
Isso acontece porque roupas e comportamentos inadequados causam desconforto no grupo e, em boa parte das vezes, não são percebidos pela pessoa em questão. E esse desconforto pode se tornar ainda maior quando uma pessoa da própria empresa, de um cargo de chefia ou do RH, tenta abordar aquele que é extremamente competente, mas não se apresenta adequadamente, se vestindo e se comportando aquém do esperado para a posição que ocupa.


M.E. : Como podemos adequar nossa imagem na rotina no ambiente de trabalho ou durante a busca por uma vaga no mercado?
A.V.: O principal é ser verdadeiro e trabalhar sua imagem como reflexo de seu interior, porém de forma adequada ao meio no qual estão inseridas ou querem se inserir. Pessoas que conseguem fazer isso têm mais chances de conseguir um trabalho ou cargo adequado ao seu perfil.
Os entrevistadores não querem respostas certas, mas sim conhecer as características do entrevistado para analisar se seu perfil está de acordo com aquela vaga ou se seria mais indicado para outra. O mesmo acontece dentro de uma empresa para quem deseja mudar de cargo.
Usar o bom senso e a capacidade de perceber o que os outros esperam de você, resultando em atitudes positivas é um bom passo na área do comportamento.


M.E: De que maneira é possível perceber a hora de repensar a nossa imagem?
A.V.: Uma das opções é questionar os colegas de conviívio profissional. Conversar com o RH da empresa na qual você trabalha, questionando qual é a sua imagem percebida também. Mas acima de tudo, é importante perceber como as pessoas agem com você e em relação aos outros. Quando a reação que você tem das pessoas é referente uma imagem diferente de quem você realmente é, já é um sinal de que a sua imagem não está de acordo e que é hora de se reposicionar.
Outro ponto é que o mercado de trabalho e as empresas esperam que seus funcionários conheçam a linguagem das roupas e entendam que nos momentos em que estamos trabalhando, nossa imagem reflete a empresa perante clientes e parceiros, e não apenas como uma pessoa. Como a imagem é composta não somente pela roupa, mas por nossos gestos e atitudes, espera-se também que as pessoas conheçam a linguagem do comportamento humano, da boa educação, das boas maneiras e a interpretação de olhares e gestos, pois são elas que nos permitem compreendam exatamente o que as pessoas esperam de nós.
Pessoas que dominam esse repertório conseguem se reinventar sozinhas. As outras, normalmente precisam de orientação de um especialista em Consultoria de Imagem.

ELLEN FERNANDES

Para ver a entrevista na integra Acesse: Jornal de Jundiaí

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A segunda pele

SVENDSEN VÊ A MODA COMO UM DOS FENÔMENOS MAIS INFLUENTES DO OCIDENTE, MAS ATACA A FALTA DE ORIGINALIDADE E DE CRÍTICOS INDEPENDENTES

A moda, se for vista como arte, é uma arte bastante insignificante; é, com freqüência, uma repetição de gestos vazios

Sergio Alberti - 23.jun.08/Folha Imagem

Platéia aplaude modelos da grife alemã Sisi Wasabi, em Berlim ALCINO LEITE NETOEDITOR DE MODA

Livros sobre a moda existem às pencas, mas há poucos que merecem um lugar na estante, como "Fashion - A Philosophy" (Moda - Uma Filosofia, Reaktion Books, 188 págs., 12,95, R$ 39), de Lars Svendsen. Há muito tempo a moda não é objeto de uma reflexão aprofundada, pertinente, atual e provocadora como a que é feita neste livro.Professor na Universidade de Bergen (Noruega), Svendsen é um dos jovens pensadores europeus que merecem ser seguidos com atenção. Tem 37 anos e já publicou quase uma dezena de obras, cujos temas tratam da arte, da biologia, do mal e, agora, do trabalho -"Work", seu novo livro, será lançado na Europa e nos EUA em setembro.No Brasil, seu único livro publicado é "Filosofia do Tédio" (Jorge Zahar Editor)."Moda" foi lançado na Noruega em 2004. As traduções começaram a aparecer há pouco mais de um ano -em países europeus e nos EUA.

A abordagem de Svendsen é ambiciosa. Em oito capítulos, reflete sobre todos os lados do prisma da moda, tratando de suas relações com a linguagem, o corpo, a arte e o consumo.

Arremata com uma reflexão sobre a "moda como ideal de vida", tal como o capitalismo avançado nos coloca.Todos os principais filósofos e sociólogos que refletiram sobre moda passam pelo crivo e pelo debate de Svendsen -de Kant a Adorno, de Simmel a Benjamin, de Adam Smith a Gabriel Tarde, de Elias a Bourdieu. Por isso, o livro é também um precioso apanhado da (periférica) reflexão sobre moda na filosofia e na sociologia.Svendsen possui ainda um impressionante conhecimento da história da moda e pesquisou bastante a produção do seu discurso contemporâneo. Isso lhe permite passar com desenvoltura a comentários sobre os estilistas Martin Margiela ou Rei Kawakubo (da grife Comme des Garçons).

Ele sabe o risco que corre ao escrever este livro, do ponto de vista intelectual. Sabe que fazer filosofia da moda é ser acusado de falta de substância ou seriedade. Mas, atento à atualidade, enfrenta o desafio, imbuído da certeza de que é preciso refletir sobre este que é "um dos fenômenos fundamentais do mundo contemporâneo". "A moda converteu-se em quase uma "segunda natureza" nossa", diz em entrevista à Folha.

Svendsen analisa sem piedade as pretensões artísticas da moda ("Se a moda devesse ser considerada arte, seria uma arte pouco significativa", aponta), a imprensa especializada e a criação atual dos estilistas. Também discute a incapacidade da moda em estabelecer um diálogo "com a evolução política da sociedade".

Mas seu livro não foi feito para demolir a moda e seus mitos, e sim para investigar por que o discurso sobre ela se tornou tão dominante e "totalitário", infiltrando-se na cultura em geral. Ele pretende sondar como a produção de identidade(s), hoje, está sujeita a esses paradigmas de consumo e transitoriedade que são próprios da moda."Não existe área alguma de nossa vida social, seja a arte, a política ou mesmo a filosofia, que não seja em grande medida regida pela lógica da moda", afirma Svendsen a seguir.


FOLHA - O sr. diz em seu livro que ser um "filósofo de moda" é correr o risco de ser acusado de falta de substância ou de seriedade. Por que decidiu se debruçar sobre esse assunto? LARS

SVENDSEN - Eu havia escrito um pouco sobre moda em meu livro sobre o tédio, e ali observei que se fazia necessário um estudo filosófico mais cuidadoso da moda.A razão pela qual a moda tem importância tão grande hoje é que ela afeta a atitude da maioria das pessoas em relação a elas próprias e aos outros. Como observo no livro, desde a Renascença ela tem sido um dos fenômenos mais influentes na civilização ocidental.Vem conquistando cada vez mais áreas do homem moderno e se converteu quase em uma "segunda natureza" nossa.Assim, a compreensão da moda deve contribuir para a compreensão de nós mesmos e de como pensamos e agimos.

FOLHA - O sr. diz também que nosso pensamento continua marcadamente platônico. Refletir sobre a moda é estar movido essencialmente por um antiplatonismo?

SVENDSEN - Eu mesmo sempre desconfiei das metáforas filosóficas tradicionais de "profundidade" e "superfície", em que profundidade equivale a "verdade" e superfície é, de alguma maneira, enganoso ou falso.Não importa qual seja o tópico filosófico que nos propomos a investigar, acho que sempre devemos tentar fazer justiça aos fenômenos em si, da maneira como se manifestam. Isso significa que também devemos levar a "superfície" a sério.Em relação a isso, concordo com Oscar Wilde: "São apenas as pessoas superficiais que não julgam pelas aparências. O verdadeiro mistério do mundo é o visível, não o invisível".

FOLHA - Poderíamos dizer que o mercado da moda, com a sua rapidez de produção e de consumo, com a sua busca irrefreável de originalidade e substituição, tornou-se uma espécie de paradigma de marketing e negócios para o capitalismo atual?

SVENDSEN - Moda e capitalismo são perfeitamente adequados um ao outro. O capitalismo só pode funcionar enquanto o consumidor continuar a comprar produtos novos, e o consumidor que está na moda depende de um fluxo constante de produtos novos.O princípio da moda é criar uma velocidade constantemente crescente, para fazer um objeto tornar-se supérfluo o mais rapidamente possível, para então passar para outro.A consciência do poder da moda é a consciência de que os produtos não vão durar; e, se vamos escolher um produto que inevitavelmente ficará ultrapassado, vamos tender a escolher a última moda, e não uma moda anterior. Os produtos não duram, nem se pretende que o façam.Essa é uma parte importante da atração exercida pelo produto pós-moderno: daqui a pouco poderá ser substituído!

FOLHA - Para o sr., a criação em moda responde sobretudo a solicitações internas, sendo a própria moda incapaz de um diálogo com "a evolução política da sociedade". Por que a moda é tão impenetrável aos acontecimentos sociopolíticos?

SVENDSEN - Há várias razões para que isso aconteça. Uma questão evidente na moda, e em muitas outras disciplinas estéticas, é que a maior parte da moda é baseada em modas anteriores, assim como a maior parte da arte é feita a partir de artes anteriores.Se você quiser explicar uma determinada moda, é mais provável que encontre uma resposta plausível analisando modas passadas, em vez de tentar enxergar a moda como reflexo da realidade política ou social.Além disso, a moda possui uma capacidade incrível de apagar o significado simbólico de tudo o que incorpora.Foi por isso que Che Guevara pôde tornar-se um item altamente vendável em um sistema de moda capitalista. Nas camisetas com sua imagem, não resta praticamente nada da política revolucionária de Che (nem de suas mãos ensangüentadas, já que ele torturou e executou prisioneiros políticos).Quando se vende moda, vende-se um valor simbólico; ao mesmo tempo, a moda tende a apagar esse valor simbólico muito rapidamente, de maneira que precisa constantemente buscar novos valores simbólicos que possa "canibalizar".E o underground é um dos maiores fornecedores de tais valores simbólicos.

FOLHA - O sr. também diz que a moda é "praticamente incapaz de comunicar qualquer coisa de significativo". Comparando-a com a arte, afirma que a moda "parece encastelada num círculo onde, na prática, não faz mais que se repetir e perder pouco a pouco o significado". Isso quer dizer que ela ocupa um lugar inferior na esfera da cultura?

SVENDSEN - Desde a separação entre a arte e o trabalho artesanal, no século 18, os alfaiates ficaram do lado do artesanato. As roupas foram colocadas na esfera extra-artística e ali permaneceram até hoje.Desde que a alta costura foi introduzida, por volta de 1860, a moda aspira a ser reconhecida como arte plena. Essa tendência vem se fortalecendo nos últimos 30 anos.Embora a arte às vezes encontre inspiração na moda, é mais comum que a moda tente tornar-se arte. O problema é que, embora haja instâncias de moda que estão inteiramente no nível da arte, a maior parte do que se passa na moda é artisticamente desinteressante.De modo geral, a moda, se for vista como arte, é uma arte bastante insignificante. Com freqüência, não passa muito de uma repetição de gestos vazios que já foram consumidos no campo da arte.

FOLHA - O que o sr. quer dizer quando afirma que "hoje a moda se encontra no ponto mais baixo de sua curva criativa"?

SVENDSEN - Que muito pouca coisa da moda criada hoje possui interesse estético. Quando vemos uma coleção nova de um estilista, a reação típica é dizer que ela é "bacana", mas que já a vimos só Deus sabe quantas vezes antes.Anteriormente, a moda seguia uma norma modernista, segundo a qual uma moda nova deveria tomar o lugar de todas as anteriores e torná-las supérfluas. A lógica tradicional da moda é a lógica da substituição.Nos últimos dez a 15 anos, porém, ela vem sendo definida por uma lógica da suplementação, em que todas as tendências são recicláveis e em que uma nova moda não tem por meta tomar o lugar de todas as que a antecederam, mas se contenta em suplementá-las.A própria qualidade de ser "novo", que era essencial à moda no passado, deu lugar a uma eterna recorrência do mesmo.

FOLHA - Em contraposição a Boris Groys, que descreve a moda como antiutópica e antitotalitária, o sr. afirma que "a moda é o fenômeno mais totalitário do mundo, porque assujeitou praticamente todos os campos à sua lógica e assim se tornou onipresente". Que tipo de totalitarismo é esse?

SVENDSEN - Ela é totalitária na medida em que praticamente não existe área nenhuma de nossa vida social, seja a arte, a política ou mesmo a filosofia, que não esteja em grande parte regida pela lógica da moda.É um mecanismo social que tem uma capacidade espantosa de transformar todo fenômeno social com que tem contato.

FOLHA - Por que as modelos se transformaram em grandes estrelas midiáticas de nossa época? Que função elas exercem na "ideologia da realização estética" do sujeito, como o sr. escreve?

SVENDSEN - As modelos são a mais alta encarnação de uma cultura em que nossas identidades essenciais devem estar situadas em nossos corpos, não em nossas almas. A formação da auto-identidade na era pós-moderna é, num sentido crucial, um projeto do corpo.O corpo tornou-se um objeto de moda especialmente privilegiado. Aparece como algo plástico, que se modifica constantemente para adequar-se às novas normas que surgem. E as modelos são as representantes maiores dessas normas.Mas mesmo elas não chegam a adequar-se às normas. Já na década de 1950 não era incomum que modelos se submetessem a cirurgias plásticas para se aproximarem das normas, por exemplo removendo seus molares posteriores para conseguir ter faces cavadas ou tendo costelas removidas para alcançar o formato de corpo desejado.A distância entre os corpos das modelos e os corpos "normais" continua a aumentar. Assim, a norma se torna pura ficção, mas nem por isso perde sua função normativa.

FOLHA - O sr. escreve que uma razão importante pela qual a moda não obteve um reconhecimento parecido àquele atribuído às outras artes é que ela não tem uma tradição de crítica séria. Por que a moda nunca desenvolveu uma crítica séria, na sua opinião? Como o sr. imagina que deva ser essa crítica?

SVENDSEN - Acho que ela deveria ser bastante semelhante à crítica de arte, com críticos independentes que são livres para dizer o que realmente pensam da qualidade dos objetos que submetem a seu escrutínio. Esses críticos devem, de preferência, ter uma formação em história da moda.A maior parte do que se escreve sobre moda em revistas hoje em dia é simplesmente uma extensão da publicidade. Os redatores de moda têm medo de criticar os estilistas, já que isso poderia resultar em menos anúncios em suas revistas. Uma tradição de crítica séria de moda não poderá ser criada de um dia para outro -levará tempo.Mas isso será necessário para que algum dia a moda possa ser realmente levada a sério como disciplina estética.

FOLHA - O sr. critica a idéia do sociólogo francês Gilles Lipovetsky -de que a moda torna o mundo mais democrático, pois substitui as disputas de fundo por um gosto da superfície- e afirma que a democracia tem necessidade dos atritos sociais e do dissenso. A moda, com seu gosto pela elitização, não é essencialmente antidemocrática? Redes como a Zara efetivamente democratizam o design de moda?

SVENDSEN - Essas redes de fato democratizam a moda, pois a tornaram acessível a uma parte maior da população. Mas não vejo isso necessariamente como grande vitória democrática.O número de peças de roupa que podemos encontrar no guarda-roupa do cidadão mediano não chega a ser um bom indicativo do funcionamento adequado, ou não, das instituições democráticas de seu país.

FOLHA - Em um comentário duro, o sr. diz que, se a lógica da moda se torna norma na construção da identidade, ela pode se tornar um fator desagregador. E conclui que caminhamos para a completa "dissolução da identidade". Como a moda participa disso?

SVENDSEN - Todos nós, de alguma maneira, expressamos quem somos por meio de nossa aparência visual, e essa expressão vai necessariamente dialogar com a moda. E os ciclos de moda cada vez mais acelerados indicam um conceito mais complexo do eu, porque o eu se torna mais transitório.O consumidor pós-moderno não consegue firmar uma identidade pessoal viável por meio de seu consumo porque o fato de esse consumo focalizar o transitório enfraquece a formação da identidade. Se nossa identidade é diretamente vinculada às coisas que nos cercam -ou seja, ao valor simbólico das coisas-, essa identidade será tão transitória quanto são aqueles valores simbólicos.

FOLHA - O sr. vê alguma relação entre moda e tédio?

SVENDSEN - Essa relação existe. A moda cria uma mentalidade inquieta e agitada, na qual nos entediamos muito facilmente e constantemente ansiamos por algo novo e "interessante".Como observei em meu livro sobre o tédio, o olhar estético precisa ser estimulado por uma intensidade aumentada ou, de preferência, por algo novo.Vale observar, entretanto, que o olhar estético tem a tendência a recair no tédio -um tédio que define todo o conteúdo da vida de maneira negativa, porque é aquilo que precisa ser evitado a qualquer preço. O consumo de moda funciona como uma espécie de entretenimento, e é uma maneira cada vez mais comum de combater o tédio. Passamos a ser cronicamente estimulados por um fluxo constante de fenômenos e produtos "novos", mas também nos entediamos mais rapidamente, em igual medida.
Tradução de Clara Allain .

ONDE ENCOMENDAR - Livros em inglês podem ser encomendados pelo site http://www.amazon.co.uk/

Indicado por Prof. Janeti D'Andrea - Matéria publicada em 31/08/08 no Caderno Mais do Jornal Folha de S. Paulo


A NOVA COLETTE

Depois de 7 semanas de renovação, a famosa concept store parisiense, Colette, reabriu ao público no passado dia 25 de Agosto. O novo espaço, desenhado pelo arquitecto Masamichi Katayama da firma Wonderwall, oferece uma nova trajetória através de três andares com streetwear, CDs e DVDs, moda, beleza, um espaço para projectos temporários no primeiro andar e o water-bar no rés-do-chão.O site http://www.colette.fr/ também sofreu alterações e apresenta agora uma nova e-shop, onde brevemente estarão disponíveis todos os produtos à venda na loja parisiense. Foi ainda criada uma nova secção de blogue, que contará com a colaboração de vários convidados.


Postado por Prof. Angela Valiera - Matéria publicada por ASSOCIAÇÃO MODALISBOA